O Senhor, hoje, requer de nós muito menos sacrifícios do que no passado. No Brasil, e em muitos países, temos liberdade de adoração, temos facilidades modernas que nos auxiliam (e também pode nos atrapalhar, dependendo do uso que fizermos), temos mais templos do que em qualquer outra época. A maioria de nós não precisa andar kilômetros ou cruzar rios, estradas e fronteiras para chegarmos à capela todos os domingos. O que Ele nos pede é que obedeçamos aos mandamentos e que vivamos a lei da consagração.
A minha pergunta é: até que ponto estamos dispostos a sacrificar nossos talentos, nosso tempo e tudo o que o Senhor requeira de nós? Estamos, nós, realmente comprometidos? Estamos atendendo aos chamados do Senhor quando alguém precisa de nós? Ou somente fazemos o que é do nosso chamado (muitas vezes, nem isso)? Será que estamos ocupados demais para deixar os nossos afazeres por algumas horas e atender quem precisa de nós.
Irmãs(os), o Senhor vai tirar de nós os talentos se não os estivermos usando nem os multiplicando! Nossos talentos não são nossos. Eles nos foram dados na vida pré-mortal com o intuito de servirmos ao próximo e ajudar na edificação do reino do Pai Celestial.
“Com alguns, porém, não estou satisfeito, porque (...) escondem o talento que lhes dei, por causa do temor aos homens. (...) Não desperdiçarás teu tempo nem enterrarás teu talento, de modo que não seja conhecido”. (D&C 60:2, 13)
Nós TODOS fomos chamados, e aceitamos isso, para servirmos como testemunhas de Deus em QUALQUER tempo, em TODAS as coisas e em QUALQUER lugar. Fazer somente o que fomos designados é fácil. Qualquer um pode fazer. Mas quem está DISPOSTO, do mais profundo de sua alma, a andar a segunda milha? Eu mesma respondo: não estamos fazendo nem o mínimo e eu oro todos os dias para que o Senhor me perdoe por isto e que me ajude a atingir minha capacidade e meu potencial divino porque, sinceramente, quando olho para trás, para a história dos pioneiros da igreja, penso se somos, de verdade, merecedores das bênçãos advindas de seus sacrifícios que desfrutamos.
"Ser discípulo não é um esporte para espectadores. Não podemos esperar receber as bênçãos da fé ficando inativos na arquibancada, do mesmo modo que não recebemos os benefícios da saúde sentados no sofá assistindo a eventos esportivos na televisão e dando conselhos aos atletas. No entanto, alguns consideram preferível ser “discípulos de arquibancada” e, por vezes, até fazem dessa sua principal forma de adoração.
Nossa religião é de ação, não de observação. Não podemos receber as bênçãos do evangelho simplesmente observando o bem que outras pessoas fazem. Precisamos sair da arquibancada e praticar o que pregamos." (Pres. Dieter Uchdorf, A Liahona, Abril/2009)